1.5.10

Extracto de chá verde tem efeitos anti-cancerígenos

Outra das provas que a nossa exposição "Chá muito mais que uma bebida" foi bastante pertinente é exactamente esta notícia, onde uma investigadora portuguesa debruça-se sobre propriedades da planta no cancro renal.

O extracto de chá verde apresentou um efeito inibidor promissor sobre o crescimento de células do cancro renal, revela uma investigação realizada na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, e publicada na revista norte-americana Food Chemistry.

Branca Silva, co-autora do estudo a publicar na edição de Setembro, explicou à Lusa que, após um ano de investigação, verificou-se que "o chá tem um efeito enorme sobre estas células e faz com que elas deixem de crescer, de se multiplicar".

"Já tínhamos visto estudos que indicavam que estas células cancerígenas são muito resistentes a qualquer tipo de extracto natural, de outras plantas", mas não havia ainda informação em relação ao extracto de chá verde, detalhou a também professora auxiliar da Universidade Fernando Pessoa e doutorada em nutrição e química dos alimentos.

Desde há um ano que esta universidade privada portuense começou a desenvolver uma linha de investigação em Fitomedicina, em parceria com os departamentos de Toxicologia e de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

"O chá já foi estudado pela comunidade científica, já se verificou que tem inúmeras actividades importantes, nomeadamente anti-cancerígenas, contra diversos tipos de cancro. Mas, concretamente em relação ao cancro renal, ainda nada tinha sido realizado", adiantou a investigadora.

A escolha deste tipo de cancro resulta de ser um "carcinoma pouco estudado", justificou a investigadora, acrescentando que o cancro renal possui "uma percentagem de incidência de dois a três por cento" relativamente a outros tipos de cancro, "mas tem vindo a aumentar e verifica-se, também, que os tratamentos de quimioterapia e radioterapia não são eficazes, são aplicados sobretudo com fins paliativos".

Este primeiro estudo, realizado in vitro, em células humanas do cancro renal, assinalou uma "inibição do crescimento celular muito forte", o que "é promissor", sublinhou Branca Silva.

O objectivo da equipa é prosseguir a investigação, identificando "quais são os mecanismos responsáveis por esta actividade anti-cancerígena e depois passar para estudos em animais e eventualmente, estudos clínicos", enumerou.
in www.cienciahoje.com (adaptado)

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