17.9.10

O chá verde: o "novo" elixir da juventude

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluiu que o consumo de chá verde atrasa o processo de envelhecimento cerebral, diminuindo os danos neurológicos e a perda de memória associada.

O estudo, liderado pelo professor José Paulo Andrade, investigador do Centro de Morfologia Experimental da FMUP, teve como objectivo perceber o efeito do consumo regular de chá verde nas alterações provocadas pelo envelhecimento no hipocampo, uma região do cérebro envolvida na formação da memória.

O processo de envelhecimento está associado à ocorrência de stress oxidativo (que causa lesões nas células cerebrais) e, consequentemente, à redução da capacidade de aprendizagem e da memória. Sabe-se ainda que, com o avançar da idade, as células do sistema nervoso central (SNC) acumulam lipofuscina, uma substância que resulta da incapacidade de degradação de componentes celulares (lixo celular), sendo usada como marcador do envelhecimento.

Os resultados do estudo demonstraram que os animais que consumiram chá verde foram menos expostos ao stress oxidativo, acumularam menor quantidade de lipofuscina nas células do SNC e obtiveram melhores resultados nos testes de aprendizagem e memória espacial relativamente aos grupos de controlo.


Os ratos estudados beberam, por dia, uma quantidade equivalente ao consumo de aproximadamente meio litro de chá verde no homem. Os autores aconselham o consumo regular desta bebida quando incluída numa dieta normal e equilibrada.

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