1.3.10

Hospital adopta medicina alternativa para ajudar a tratar cancro

O Hospital Israelita Albert Einstein incluiu práticas como meditação, ioga, acupuntura e reiki no tratamento do cancro. O modelo, chamado de medicina integrativa, é semelhante aos adoptados em instituições de referência internacional em oncologia, como o M.D. Anderson e o Memorial Sloan-Kettering Center, nos EUA.


A inclusão dessas técnicas, até bem pouco tempo desacreditadas na área médica, tem sido motivada pela grande demanda de pacientes que procuram por tratamentos complementares quando têm um diagnóstico de cancro. Além disso, actualmente, há vários estudos controlados demonstrando a eficácia e a segurança delas.


No último congresso mundial de cancro em Chicago (EUA), estudos demonstraram que a acupunctura, por exemplo, pode reduzir as náuseas da quimioterapia e aliviar a xerostomia (boca seca), provocada pela radioterapia na região da cabeça e pescoço.


No Einstein, as práticas são oferecidas a pacientes que acabaram de receber o diagnóstico de cancro, que estão em tratamento ou que já terminaram. O cirurgião Paulo de Tarso Lima, responsável pela área de medicina integrativa, diz que as técnicas são adoptadas mediante evidências científicas de que funcionam e de que não prejudicarão a terapia convencional.


Lima estima que 70% dos pacientes não contam aos médicos que adoptam práticas complementares (no passado chamadas de alternativas) ao tratamento convencional – seja por não serem questionados a respeito ou por temor de que os médicos desaprovem a técnica.


Quando bem indicadas, muitas das técnicas complementares são úteis para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas respostas aos tratamentos clínicos. “O objectivo é que eles ajudem, e não atrapalhem, a recuperação”, diz Lima.


O ioga, por exemplo, ajuda a diminuir a ansiedade, o medo e os pensamentos negativos, explica o psiquiatra Rodrigo Yacubian Fernandes, que aplica os princípios da kundalini yoga entre os pacientes oncológicos. A prática também vem sendo usada como tratamento coadjuvante de distúrbios psiquiátricos e psicológicos.

2 comentários:

  1. Fantástico!!! Mais uma vez a medicina convencional aliada à medicina alternativa...
    Bom tema!!!!

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  2. Muito interessante! Era bom que as pessoas mais conservadoras perdessem o medo de vez. A medicina alternativa pode ser bastante útil...
    Fiquei com vontade de experimentar a acupunctura graças à vossa actividade lá na escola.
    Parabéns!

    João Paulo

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