O presidente da Federação de Medicinas Não Convencionais, João Ribeiro Nunes, define a medicina alternativa como "um sistema de não- -medicina, com tratamentos e remédios não-agressivos que levam em linha de conta o indivíduo no seu todo e não apenas os sintomas."
A medicina alternativa, que se auto-denomina tradicional, sugere um regresso ao passado, onde as doenças eram tratadas recorrendo a produtos e métodos naturais – plantas, alimentação, água, sol, ar, descanso ou terapia do toque. Os alternativos defendem a aproximação à Natureza e aos recursos naturais. A medicina convencional "recorre a muitos químicos, o que debilita o doente e contagia o meio ambiente". Na medicina natural há a preocupação em preservar o meio ambiente e revitalizar o organismo humano através do uso de produtos e técnicas naturais. Estes terapeutas estiveram na ilegalidade durante mais de 40 anos, foram apelidados de bruxos e impedidos de exercer as suas actividades. "Sou médico, não sou da medicina convencional, mas sou médico," garante Orlando Valladares dos Santos, presidente da Associação de Medicina Natural e Bioterapêutica.
A medicina convencional, que durante anos foi a única opção para as populações, vê agora o seu protagonismo ameaçado por uma terapêutica que, apesar de discriminada pela "ignorância" de algumas instituições de saúde, tem cada vez mais seguidores. Estes adeptos, desencantados com os métodos convencionais de tratamento, recorrem às técnicas alternativas sem apoios do Estado ou garantias oficiais de eficácia. "São quatro milhões em Portugal", assegura João Ribeiro Nunes.
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